Sulcos do Verão
Correm pelos sulcos de verão.
São escuros, e correm para mim.
Há quem tenha casa em Corfu
e jardins em Granada;
ou até barcos no mar.
Há quem tenha aqueles olhos,
a água funda desses olhos.
Como eu.
Para beber até ao fim.
Eugénio de Andrade in O Outro Nome da Terra